abstrato

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Elpidio Dantas


O poeta impresso em folha
não tem rosto.
Tem falha,
tectonismo, aposto.
Cada linha num sentido
faz crescer a cordilheira.
E o poeta como um anjo,
pode ver a terra inteira.
No mirante imaginário,
o poeta agora é mudo.
Cria asas, contemplando,
salta em crase e acento agudo.
Voando por sobre as cabeças,
suas asas circunflexa.
E o poeta se espatifa
e ri a bessa.


Rogério Santos

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Conto - Descontador de histórias

Havia um homem conhecido como "Descontador de histórias". Tudo para ele era comum. Não existia magia, não existiam truques, não existiam ficções, nem mitos, enfim. A vida para ele era algo sem emoção nenhuma.
Até o dia em que lhe perguntaram como ele era capaz de descontar tantas histórias. Ele não tinha resposta... O silêncio lhe acusava de ignorante e, para não sair calado, disse que sempre foi assim.
Acreditaram como sempre, mas o silêncio voltou a lhe argumentar. Não existiam lembranças, não existiam datas especiais, não existiam momentos...

-- Por Renato Seabra.

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