E foi quando o papo se tornou muito cansativo.
Eu insistia "Você está bem" e ela insistia "Não estou".
Ela acabou vencendo e não fomos viajar naquele final de semana.
- Nunca mais te convido pra sair! - Disse eu para mim mesmo, obviamente.
A semana passou. Veio o outro final de semana e ela veio junto dizendo "Vamos sair?".
A alegria me pegou de surpresa me fazendo pensar apenas em duas palavras: "Claro!" e "Sim!".
Com agilidade, minha inteligência organizou estes únicos termos que ocupavam toda a minha mente naquele momento e respondi "Sim, claro!". A intuição me mandou acrescentar "Por que não?" e o carinho quase no fim do fôlego disse "Seria ótimo!".
Senti meu sangue correndo novamente!
E ela perguntou "Será que estou bem?". Engoli seco meu sorriso e quase junto os meus lábios. Meus olhos a miravam como se fosse um experimento científico, uma espécie de rato de laboratório. Ignorando a inteligência, intuição, carinho e qualquer outra porcaria dessas respondi friamente "Como sempre."
Distraída com o vestido, ela respondeu "Obrigada, querido. Então vamos."
A inteligência me apareceu novamente me dizendo "Tem sorte de ela não ter te encarado..."
- Por Renato Seabra.
à francesa
Há um mês
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