abstrato

abstrato
Elpidio Dantas


O poeta impresso em folha
não tem rosto.
Tem falha,
tectonismo, aposto.
Cada linha num sentido
faz crescer a cordilheira.
E o poeta como um anjo,
pode ver a terra inteira.
No mirante imaginário,
o poeta agora é mudo.
Cria asas, contemplando,
salta em crase e acento agudo.
Voando por sobre as cabeças,
suas asas circunflexa.
E o poeta se espatifa
e ri a bessa.


Rogério Santos

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Liberdade



Um passo de cada vez.
Uma certeza ancorada no escuro.
A liberdade se movimenta como um rio.
É a extinção do fardo.
A leveza do abstrato.
O ato além do ato.
Artefato.
A vida além do tato.

Lau Siqueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário