abstrato

abstrato
Elpidio Dantas


O poeta impresso em folha
não tem rosto.
Tem falha,
tectonismo, aposto.
Cada linha num sentido
faz crescer a cordilheira.
E o poeta como um anjo,
pode ver a terra inteira.
No mirante imaginário,
o poeta agora é mudo.
Cria asas, contemplando,
salta em crase e acento agudo.
Voando por sobre as cabeças,
suas asas circunflexa.
E o poeta se espatifa
e ri a bessa.


Rogério Santos

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sobre o Conto: Sadicidez

Primeiramente gostaria de agradecer pelo convite que foi-me enviado para participar do blog. Oportunidades de se expressar são sempre muito boas, obrigado.
Acho que como primeira postagem gostaria de me apresentar, como também, de elocubrar, rápida e sucintamente, sobre alguns pontos do meu primeiro post: o conto "Sadicidez". Não que eu seja muito objetivista, na verdade não sou. Gosto do subjetivo, do mistério das entrelinhas. Por outro lado vi uma necessidade de me expor e mostrar-me, como forma de aproximação a qualquer público vigente ao blog. Enfim, sem mais explicações sobre o porque desse post haha.
Peço desculpas pelo amadorismo na escrita, voltei a escrever somente agora depois de uns anos parado. Poderia ter continuado no ramo e ser um tanto melhor hoje, mas como a vida não é lá muito reta, portas se fecham e outras se abrem. Pesando tudo estou satisfeito em poder voltar a escrever e só, não pensemos no que poderia ter sido rs. Espero, agora, criar mais incentivos para escrever e sempre que achar bacana compartilharei meus humildes rascunhos aqui no blog.
Foquemos então no conto. A ideia de escrever esse conto partiu de um sonho (um dos poucos que consigo lembrar quando acordo). Acordei já sabendo o nome da história, o desenvolvimento e o final. A princípio nem seria um conto tão curto, há muito mais história para contar, fazendo um paralelo "passado X presente". Acontece que no desenrolar da escrita percebi que esse passado não era subsistencial e só tornaria a leitura mais cansativa e monotona, com curiosidades irrelevantes. A mente é tão complexa que pensa mil coisas ao mesmo tempo, tentei ponderar e minimalizar minhas empolgadas ideias. Foi incrível como as coisas foram fluindo e se desenrolando da cabeça, como se ideias estivessem presas, prontas para explodir, já cansadas da prisão solitária da mente. Um ápice de mal estar que o único remédio seria expelir.
Já o reli várias vezes, mas parei. Quanto mais releio mais acanhado fico de me expor às pessoas. Não tenho muito o hábito de me abrir facilmente, mesmo com coisas banais, e este está sendo mais um passo para quebrar essas barreiras e mostrar algo de produtivo saido de mim. Espero que gostem (ou não rs), e que não se sintam distantes para qualquer contato ou sugestões.
Agradeço mais uma vez a oportunidade, e me basto aqui. Espero ter sido minimalista o suficiente para bastar ao entendimento de outréns. Boas energias para todos.
Grandes beijos e abraços.

Rodrigo C. Melhado [DigoCm]

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